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<p> Quando a autora parece selecionar apenas entre os v&aacute;rios temas da fic&ccedil;&atilde;o adoniana (o di&aacute;logo de culturas), na realidade ela est&aacute; formulando algo bem mais amplo. No itiner&aacute;rio percorrido por Vera Romariz, flagra-se o n&uacute;cleo de uma voz liter&aacute;ria original, que come&ccedil;ou a produzir num per&iacute;odo delicado do panorama cultural brasileiro (a segunda d&eacute;cada dos anos Quarenta), um per&iacute;odo em que o compromisso dos escritores e dos intelectuais com realidade iniciava a dar sinais de cansa&ccedil;o. Ora, Adonias Filho, mostra-nos a autora, resiste a essa esp&eacute;cie de &quot;desconstru&ccedil;&atilde;o&quot;, a essa derrota que muitos escritores estavam dispostos a aceitar. Assim, as &quot;vozes diversas&quot;, o &quot;terceiro texto&quot; adoniano, se fazem int&eacute;rpretes de muitas vozes emudecidas.</p>